domingo, 22 de julho de 2012

Megalomania do Cacá Diegues


"Brasil poderia ser a Hollywood do século 21", diz Cacá Diegues

Autor: Marian Azevedo


01 de maio de 2012

Para Cacá Diegues, um dos grandes cineastas do País, o cinema brasileiro tem potencial para representar para o século 21 o que Hollywood representou para o século 20. "Hollywood inventou o século 20, e o cinema brasileiro, com toda a sua diversidade, tem tudo para ser nesse século o que eles foram no passado", disse ele em entrevista nesta segunda-feira (30) no Recife. Ele é um dos homenageados do Cine PE - Festival do Audiovisual, que acontece no Recife e em Olinda até quarta-feira (2).

No entanto, Cacá admite achar muito difícil que isso aconteça. "Infelizmente acho que é mais uma das vocações de gradeza que o Brasil não consegue realizar", afirmou o cineasta, que recebeu a Calunga de Ouro pelos 50 anos de contribuições ao audiovisual brasileiro. Entre outros filmes, Cacá dirigiu Xica da Silva (1976), Bye Bye Brasil (1979) e Deus é Brasileiro (2003). Ele é também um dos fundadores do Cinema Novo, movimento que surgiu nos anos 50.

Mas o diretor disse que o passado - e também o futuro - não lhe interessa. "Não guardo rancor do que falaram dos meus filmes, não tenho nostalgia do passado. E também não faço filmes pensando no futuro. Faço cinema para o presente, para os meus contemporâneos", explicou ele, que atualmente está na fase de pré-produção do seu próximo filme, O Grande Circo Místico, baseado em poema de Jorge Lima e com trilha sonora de Chico Buarque e Edu Lobo. As filmagens devem começar no final deste ano.
Cacá comemorou o bom momento do cinema brasileiro. "Quando comecei a querer fazer cinema no Brasil, era como querer ser astronauta no Paraguai. Hoje vejo que está começando a virar uma atividade permanente no País e isso é revolucionário. Torço para que esse não seja apenas mais um ciclo como tantos outros", refletiu. "Pela primeira vez, temos diversidade. Faz 20 anos que nós temos feito de tudo, desde filme comercial que dá dinheiro até filme sério, para ganhar prêmio em festival", completou.

Ele ainda comentou a sua escolha para presidir o júri da Câmera de Ouro em Cannes, o prêmio do festival francês para o melhor filme de diretor estreante. "Estou muito orgulhoso, pois é um posto que já foi ocupado por muita gente legal, como Abbas Kiarostami. O bom é que vou ficar a par das tendências do cinema e vou aprender muito, mas também tenho certeza que vou ver muito filme chato", brincou.

Na homenagem de domingo, Cacá recebeu a Calunga de Ouro das mãos do neto José Pedro, 10, fruto do relacionamento da sua filha Isabel com Pedro Bial, e admitiu que ficou emocionado. "É um neto de quem eu sou muito próximo. Ele assistiu a todos os meus filmes em DVD e agora está adorando a ideia de ver Xica da Silva na tela grande aqui no festival", contou. "José Pedro é neto de cineasta e de cantora (Cacá foi casado com a cantora Nara Leão) e filho de cineasta. Não tem jeito, esse menino já está perdido", disse, entre gargalhadas.

Comentário:

Os cineastas ditos independentes e que afirmam realizar obras mais autorais, que tanto o cinema e que vociferam contra o cinema hollywoodiano e quando são perguntados da razão d a população lota as salas de cinema para assistir os blockbusters, tem como causa uma suposta colonização cultural dos norte-americanos, eles mesmos imitam direto o estilo do cinema europeu (com menos qualidade).

O tão celebrado cinema novo era nada menos do que uma imitação da Nouvelle Vague e do neorealismo italiano, a semana de arte moderna que enchem a boca para falar que ela iniciou uma arte de vanguarda no Brasil, só imitou as artes europeias.

Essa entrevista revelou que os cineastas brasileiros MORREM DE INVEJA do cinema hollywoodiano, e adorariam estar no lugar deles,  estando eles no controle da indústria cultural. Nietzsche afirma que os fracos tem inveja e desejam suplantar os mais fortes por inveja da força deles, o mesmo eu diria do cineastas brasileiros.

A indústria cultural francesa enquanto foi a mais influente, os franceses eram abertos e sem a proteção, bastou eles perderem o posto para os norte-americanos, que começaram a tratar da necessidade de proteção a cultura nacional e imporem reserva de mercado. 

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