Cinema brasileiro perdeu bilheteria em 2011
30 de janeiro de 2012
Mesmo com o maior volume de lançamentos da
última década, o cinema nacional não conseguiu manter em 2011 o bom desempenho
de bilheteria e receita apresentado em 2010. Segundo balanço da Agência
Nacional (Ancine), o número de filmes nacionais que chegaram aos cinemas teve
um incremento de 32%, pulando de 75 filmes em 2010 para 99 no ano passado.
O maior número de títulos, no entanto, não representou mais sucesso
para as produções, que tiveram quedas de 30% em número de ingressos vendidos e
em receita. Em termos de bilheteria, o número passou de
25,68 milhões para 17,87 milhões. Já a arrecadação recuou de R$ 225,95 milhões
em 2010 para R$ 163,27 milhões em 2011. O preço médio dos ingressos para filmes
nacionais em 2011 ficou em R$ 9,14.
De acordo com a Ancine, a queda nos números de
2011 está relacionada à falta de grandes sucessos de bilheteria, como 'Tropa de
Elite 2' e 'Nosso Lar' em 2010. O melhor desempenho do ano foi o filme De
Pernas Pro Ar, com três milhões de espectadores e R$ 27,5 milhões de receita.
Os filmes nacionais responderam por 12,42% dos ingressos vendidos no país em
2011 - em 2010, a participação tinha chegado a 19,05%.
De acordo com a Ancine, o cinema no Brasil teve
um crescimento de 6,75% na venda de ingressos e de 13,5% em receita. Ao todo,
foram 143,89 milhões de ingressos vendidos e R$ 1,43 bilhão de faturamento. O
filme 'Amanhecer - Parte 1', da Saga Crepúsculo, foi o campeão de bilheteria:
sete milhões de espectadores e R$ 65,1 milhões de renda.
O preço médio dos ingressos ficou em R$ 9,99,
6,84% a mais do que em 2010. Nos filmes estrangeiros, o valor foi um pouco mais
alto, R$ 10,11. Segundo a Ancine isso se deve ao valor mais alto cobrado nos
ingressos para filmes em 3D.
Decepção de público
14 de maio de 2012
Os filmes nacionais continuam sem cair no gosto popular. Depois de
seis semanas, o caro Xingu atraiu apenas 338 150 espectadores aos cinemas.
Paraísos Artificiais de Marcos Prado segue a mesma tendência. Após
11 dias exibido em 221 salas, foi visto por apenas 194 500 pessoas.
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/cultura/xingu-e-paraisos-artificiais-decepcao-de-publico/
Cinema brasileiro perdeu
público
22 de julho de 2012
Reportagem do jornal
Valor Econômico desta semana registra que as produções cinematográficas
nacionais perderam mercado em comparação com o primeiro semestre de 2011. No
ano passado, quatro obras brasileiras já haviam ultrapassado os 1 milhão de
espectadores no período. “E Aí… Comeu?”, de Felipe Joffily, foi o único filme a
atingir a marca neste ano.
O resultado significou uma queda no market share do cinema brasileiro, de 11,9% no primeiro semestre de 2011 para 5,1% no mesmo período de 2012, enquanto o público total de cinema no país teve leve alta de 2,5% nos primeiros seis meses do ano. Produções como “Xingu” e “Paraísos Artificiais” decepcionaram na bilheteria.
Para Jorge Peregrino, presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro, não aconteceu nada extraordinário nos primeiros seis meses do ano. “Cinema, guardadas as devidas proporções, é igual à televisão e a todas as cinematografias mundiais. Se a novela não é boa, o ibope cai. Se os filmes não atingem ou não são aquilo que o público quer, o mercado cai”, diz Peregrino. “Se alguém soubesse a fórmula para produzir sucessos perenemente seria um gênio.”
Wilson Feitosa, da distribuidora Vinny, também afirma que a flutuação é normal no cinema, mas as produções brasileiras, além de não caírem no gosto do público, ainda enfrentaram muita concorrência de grandes franquias norte-americanas. Atualmente, das 2.446 salas que existem no Brasil, 844 estão ocupadas por “A Era do Gelo 4? e 814 por “O Espetacular Homem-Aranha”.
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